Justiça

Justiça

POLÍTICA

Alagoas

ALAGOAS EM MINUTO

Vídeos

Mundo

Brasil

GERAL


Governo articula acordos para conter rombo bilionário com indenizações por fraudes no INSS

Nenhum comentário
Governo articula acordos para conter rombo bilionário por fraudes no INSS | Foto: Reprodução
Diante do risco de um impacto fiscal bilionário e da sobrecarga do sistema judiciário, o governo federal está elaborando um plano para conter a onda de ações judiciais por danos morais movidas por segurados do INSS que sofreram descontos indevidos em seus benefícios. A proposta, em estudo pela Advocacia-Geral da União (AGU), Defensoria Pública da União (DPU) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), prevê a oferta de acordos administrativos aos aposentados e pensionistas lesados.

A preocupação ganhou força após decisões recentes da Justiça condenarem o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ao pagamento de indenizações. Em um caso emblemático, o Tribunal Regional Federal da 6ª Região determinou que uma aposentada recebesse R$ 8 mil por danos morais causados por descontos não autorizados. O episódio acendeu o alerta no governo sobre o risco de um “efeito cascata” de ações semelhantes em todo o país.

Estima-se que mais de 2 milhões de aposentados tenham sido vítimas de cobranças irregulares vinculadas a associações ou entidades financeiras, muitas vezes sem autorização prévia. Se cada um dos prejudicados obtiver uma indenização média de R$ 10 mil, o custo para os cofres públicos pode ultrapassar R$ 20 bilhões. Além disso, há o risco de decisões judiciais que obriguem o INSS a devolver em dobro os valores descontados, acrescidos de correção monetária e juros, elevando ainda mais o passivo da União.

Apesar de o governo alegar que o próprio INSS foi vítima de fraudes cometidas por associações e instituições financeiras, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determina que o instituto é o responsável por garantir a legalidade dos descontos realizados nos benefícios previdenciários. Isso significa que cabe ao INSS verificar previamente a autorização do segurado para qualquer desconto, mesmo quando envolvem terceiros.

A alternativa de acordos administrativos com os segurados lesados visa não apenas mitigar os danos financeiros ao erário, mas também evitar a sobrecarga do Poder Judiciário com milhões de ações. A estratégia, ainda em construção, busca oferecer compensações aos beneficiários sem recorrer a longos processos judiciais e sem gerar precatórios vultosos.

A medida é considerada urgente diante do potencial desequilíbrio fiscal e do desgaste institucional causado pelo escândalo dos descontos indevidos. Uma solução consensual pode se tornar o caminho mais viável para reparar os danos às vítimas e preservar a estabilidade do sistema previdenciário.

Vídeo de Brigitte empurrando Macron viraliza; Palácio do Eliseu diz que foi “briguinha de casal”

Nenhum comentário
Macron é agredido pela esposa no rosto: "Briguinha de casal" | Foto: Reprodução
Um vídeo envolvendo o presidente da França, Emmanuel Macron, e sua esposa, Brigitte Macron, viralizou nas redes sociais nesta segunda-feira (26), gerando repercussão mundial. As imagens mostram o momento em que Brigitte aparentemente dá um leve empurrão no rosto do presidente francês momentos antes de o casal desembarcar do avião presidencial em Hanói, no Vietnã, na noite de domingo (25).

Inicialmente, o gabinete do presidente francês negou a veracidade das imagens, alegando se tratar de uma montagem. No entanto, após a ampla circulação do vídeo e questionamentos da imprensa, a versão oficial mudou. Em nova nota, o Palácio do Eliseu afirmou que se tratava apenas de uma "briguinha de casal". Um assessor próximo ao presidente tentou minimizar a situação, descrevendo o episódio como “um momento de descontração entre o presidente e sua esposa”.

Apesar das tentativas de desmentido e da posterior tentativa de suavização da cena, o episódio chamou atenção da opinião pública internacional, com muitos usuários nas redes sociais debatendo o comportamento do casal presidencial.

A chegada ao Vietnã marca o início da agenda oficial de Macron no Sudeste Asiático. Durante sua visita, o presidente francês deve se reunir nesta segunda-feira com autoridades vietnamitas e, na terça-feira (27), com representantes do setor de energia. A viagem de Macron pela região também inclui visitas à Indonésia e a Singapura nos próximos dias.

O tour asiático de Macron busca fortalecer laços comerciais e diplomáticos da França com países estratégicos da região, especialmente em temas como transição energética e segurança internacional.

Ciro Nogueira viaja à França em jatinho de dono do "jogo do tigrinho"

Nenhum comentário
Ciro Nogueira e dono do jogo do tigrinho | Foto: Reprodução
Uma revelação surpreendente agita os bastidores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), integrante ativo da CPI que investiga esquemas de apostas ilegais e a manipulação de resultados esportivos, viajou à França em um jatinho particular pertencente a Fernando Oliveira, empresário apontado como um dos principais nomes por trás do polêmico "Jogo do Tigrinho" e que está sob investigação da própria comissão.

A viagem, cujo objetivo declarado é acompanhar a Fórmula 1, levanta sérios questionamentos sobre a imparcialidade da CPI e a conduta de seus membros. Fontes ligadas ao caso indicam que Ciro Nogueira e Fernando Oliveira não apenas dividiram o mesmo meio de transporte de luxo, como também planejam se hospedar juntos em um barco de alto padrão pertencente ao empresário durante a estadia na Europa.

Fernando Oliveira é uma figura central nas investigações da CPI das Bets, que busca desvendar a rede de operações ilegais e os impactos sociais do "Jogo do Tigrinho", um cassino online que tem sido associado a uma série de golpes e prejuízos a apostadores em todo o país. A presença de um parlamentar que integra a comissão em uma viagem de lazer com um dos principais alvos da investigação gera um potencial conflito de interesses de proporções significativas.

A reportagem tentou contato com o senador Ciro Nogueira e com a assessoria de Fernando Oliveira, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. A situação promete esquentar os debates na CPI das Bets e pode resultar em pedidos de explicações e até mesmo em um possível afastamento do senador da comissão.

A repercussão do caso nas redes sociais já é intensa, com internautas e especialistas em ética política questionando a proximidade entre o legislador e o investigado, ressaltando a importância da transparência e da lisura nos trabalhos de uma comissão parlamentar de inquérito.

Lula repete falácia, desta vez sobre o preço do gás: “Alguém está ganhando muito”

Nenhum comentário
Presidente Lula / Crédito: Flickr/Instituto Lula

Durante agenda oficial no estado do Mato Grosso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar os altos valores praticados no preço final do gás de cozinha (GLP) para os consumidores brasileiros. Segundo ele, o botijão sai da Petrobras por R$ 37, mas chega à população por até R$ 130 — uma diferença que o petista classificou como “inexplicável”.

— Sabe quanto sai o botijão de gás (GLP) da Petrobras? É vendido para as empresas a R$ 37. Não tem explicação para chegar para o povo a R$ 120 ou R$ 130 — declarou Lula, mantendo a retórica já utilizada em discursos anteriores. — Alguém está ganhando muito dinheiro — completou.

A crítica foi acompanhada da retomada de uma promessa feita por Lula em fevereiro deste ano: o fornecimento gratuito de gás a famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Segundo o presidente, cerca de 22 milhões de brasileiros devem ser beneficiados pela medida, cujo anúncio oficial deverá ocorrer ainda neste mês.

— Vamos anunciar o benefício agora em maio. Em junho, quero rodar o Brasil todo para conversar com o povo e fazer política — afirmou o presidente.

A proposta de distribuição gratuita do gás já vinha sendo discutida internamente no governo como forma de aliviar o impacto da inflação sobre os lares mais vulneráveis. No entanto, especialistas do setor alertam que a cadeia de comercialização do GLP envolve diversos custos, como transporte, engarrafamento, impostos estaduais e margem de revendedores — fatores que influenciam diretamente no preço final ao consumidor.

Ainda assim, o discurso de Lula segue alinhado à estratégia de reforçar compromissos sociais e pressionar por maior transparência e regulação nos setores essenciais à população.

PT recusa candidatura de pessoa trans à presidência nacional

Nenhum comentário
Trans teve candidatura a presidente do PT negada Foto: Reprodução/Print Instagram Dani Nunes
A exclusão da candidatura da turismóloga e ativista transexual Dani Nunes à presidência nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) gerou intensa repercussão e acusações de “violência política de gênero e raça” por parte de militantes e lideranças internas da legenda. A decisão foi tomada na última quarta-feira (21), após a retirada de uma das cinco assinaturas necessárias para a formalização da candidatura, exigidas pelo regulamento do Processo de Eleição Direta (PED) de 2025.

Segundo a Direção Nacional do PT, o indeferimento se deu “exclusivamente pelo descumprimento das normas estabelecidas no regulamento”. No entanto, Dani Nunes contestou a decisão, alegando que o regulamento não prevê a retirada de apoio já formalizado e recorreu oficialmente ao partido.

Em publicação nas redes sociais, Dani classificou o episódio como um “abalo profundo” em sua trajetória de militância.

“Meu chão ruiu. Não esperava que a atitude individual de uma pessoa pudesse comprometer toda uma trajetória de luta, minha e de tantos companheiros e companheiras”, escreveu.

Acusações de exclusão política

A corrente Raízes do PT, à qual Dani é filiada, divulgou nota na sexta-feira (23) acusando o partido de agir de forma “arbitrária e injusta”. Segundo o grupo, o gesto que retirou o apoio não tem respaldo no regulamento eleitoral do partido, e a decisão de barrar a candidatura fere os princípios de inclusão e diversidade da legenda.

“Qual é o medo de uma candidatura construída por pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+, periféricas e antirracistas?”, questiona o texto.

A corrente ainda afirma que Dani Nunes representava uma candidatura historicamente simbólica, por ser a primeira mulher transexual a disputar o comando nacional do PT, e que sua exclusão representa “um retrocesso no debate interno sobre representatividade e pluralidade”.

Candidatura segue sub judice

O recurso apresentado por Dani Nunes ainda será analisado pela Comissão de Ética e pelo Diretório Nacional do partido, que tem até o início de junho para deliberar. Enquanto isso, seguem na disputa os nomes de Edinho Silva, Valter Pomar, Romênio Pereira e Rui Falcão.

A eleição para a presidência do PT está marcada para 6 de julho, e definirá a nova direção nacional da legenda para o ciclo eleitoral que culminará nas eleições municipais de 2026.

Nos bastidores, lideranças petistas admitem que o caso pode gerar desgaste interno e pressões públicas, especialmente em um momento em que o partido busca se reposicionar como referência na defesa de direitos das minorias e no combate à desigualdade.

Campanha do PT em Defesa de Janja Não Engrena nas Redes Sociais

Nenhum comentário
Campanha do PT | Foto: Reprodução
O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou na última quinta-feira (22) uma campanha nas redes sociais com o slogan “Estou com Janja”, em defesa da primeira-dama Rosângela da Silva, que tem sido alvo de críticas após sua fala sobre a regulamentação das redes sociais em uma reunião com o líder chinês Xi Jinping. No entanto, a iniciativa não alcançou o engajamento esperado, ficando longe dos trending topics e com baixa repercussão.

A campanha, que busca posicionar Janja como defensora de um ambiente digital mais seguro para mulheres, crianças e adolescentes, as maiores vítimas de crimes virtuais, não conseguiu gerar a mobilização desejada.

No X (antigo Twitter), por exemplo, a hashtag #EstouComJanja foi ofuscada pela repercussão dos prêmios conquistados por Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho no Festival de Cannes pelo filme "O Agente Secreto" durante o sábado (24). A tag sequer figurou entre os assuntos mais comentados.

No Instagram, o cenário não foi diferente. A hashtag foi utilizada menos de 100 vezes, indicando um engajamento pífio. A falta de interesse é tanta que a frase não gera dados de pesquisa suficientes no Google Trends, plataforma que mede o volume de buscas por um determinado assunto na web.

A baixa adesão à campanha levanta questões sobre a capacidade de mobilização digital do PT em torno de pautas relacionadas à primeira-dama, especialmente em um contexto de intensa polarização e debates acalorados sobre a regulamentação da internet. 

Medo de efeito Nikolas fez governo recuar do IOF quase meia-noite

Nenhum comentário
Efeito Nikolas fez governo recuar do IOF | Foto: Reprodução
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu voltar atrás, na noite da última quinta-feira (22), em parte das alterações anunciadas no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O recuo foi motivado pela forte repercussão negativa da medida, principalmente nas redes sociais, e pelo receio no Planalto de uma nova crise de comunicação semelhante à ocorrida com o Pix, em janeiro deste ano.

A decisão foi tomada às pressas após a equipe do governo detectar o potencial de desgaste público, em especial com o temor de um novo “efeito Nikolas” — referência ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), conhecido por conteúdos virais que já impuseram fortes pressões sobre o Planalto. Em janeiro, um vídeo publicado por Nikolas contra suposta taxação do Pix alcançou mais de 100 milhões de visualizações em apenas um dia, obrigando o governo a recuar rapidamente.

Mais recentemente, o parlamentar também ganhou projeção ao denunciar descontos indevidos em benefícios do INSS, aumentando o desgaste do governo com aposentados e pensionistas.

Recuo às pressas

Diante do risco de nova crise, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) se reuniram às pressas no Palácio do Planalto com técnicos da área jurídica para revisar o decreto publicado horas antes pelo Ministério da Fazenda. O ministro Fernando Haddad, que estava em São Paulo, participou das discussões por videoconferência.

O ponto mais polêmico do decreto era a previsão de uma alíquota de 3,5% de IOF sobre investimentos de fundos brasileiros no exterior, operação até então isenta do imposto. O anúncio provocou forte reação do mercado financeiro, que alertou para possíveis efeitos negativos sobre os investimentos e um sinal de controle de capitais.

Sidônio Palmeira defendeu que o recuo fosse anunciado ainda na madrugada, antes da abertura do mercado financeiro. O governo seguiu a orientação, publicando a mudança por volta das 23h30 nas redes sociais oficiais.

Haddad: “Corrigir a rota faz parte”

Na manhã desta sexta-feira (23), Fernando Haddad confirmou o recuo e minimizou a repercussão. “Corrigir a rota faz parte. O importante é manter a direção da política econômica”, declarou o ministro. Ele negou qualquer intenção de inibir investimentos e afirmou que a alteração inicial visava ajustes técnicos, mas que o governo optou por rever para evitar ruídos e especulações.

O episódio reacendeu críticas sobre a falta de coordenação entre áreas técnicas e políticas dentro do governo, especialmente em temas de impacto econômico. Também reforçou a preocupação crescente do Planalto com a comunicação digital e o potencial de dano causado por figuras da oposição com grande alcance nas redes sociais.

Com mais um recuo em questão sensível, o governo reforça o sinal de que, em tempos de viralização rápida e polarização digital, as decisões técnicas precisam vir acompanhadas de estratégia política e comunicação eficaz — sob o risco de novos desgastes e da repetição de um “efeito Nikolas”.

© 2022 - 2024 | Olhar Político. Todos os direitos reservados.
A republicação é gratuita desde que citada a fonte.