A privatização do sistema de saneamento básico de Alagoas, realizada em 2020 durante a gestão de Renan Filho, ex-governador e atual Ministro dos Transportes, voltou a ser alvo de duras críticas após os severos alagamentos e transbordos de esgoto causados pelas intensas chuvas nesta quarta-feira (5).
A BRK Ambiental, empresa que venceu o leilão por R$ 2,009 bilhões e assumiu a responsabilidade pela gestão dos serviços de distribuição de água e esgoto no estado por 35 anos, enfrenta agora o crescente descontentamento da população, que sofre com a ineficiência no atendimento e falhas na infraestrutura.
Os fortes alagamentos e os problemas de drenagem em várias áreas de Maceió e cidades da região metropolitana de Alagoas expuseram as falhas do sistema de saneamento básico, agora sob o comando da BRK Ambiental. Em meio ao impacto das chuvas, moradores e internautas não pouparam críticas à empresa, apontando a falta de preparo para lidar com a demanda, a falha na infraestrutura e a ineficácia no atendimento, especialmente nos casos de falta de água e vazamentos.
Em diversos relatos nas redes sociais, a população destacou que, enquanto as chuvas causavam estragos nas ruas, a empresa parecia não ter um plano eficiente para amenizar os danos. A população lembra ainda que a gestão de Renan Filho ofereceu o pacote de privatização como parte de uma política de desestatização, que visava modernizar o setor, mas que, na prática, deixou a desejar.