Cartada de Lula: R$ 2,4 bilhões são liberados em emendas e beneficia aliados

Cartada de Lula: R$ 2,4 bilhões são liberados em emendas e beneficia aliados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendeu ao desbloquear a distribuição de emendas parlamentares, liberando um montante recorde de R$ 2,4 bilhões em verbas. No entanto, a forma como esses recursos foram direcionados gerou polêmica e levantou questionamentos sobre imparcialidade e favorecimento político.

Entre os beneficiados, destacam-se aliados próximos do presidente, como o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que recebeu a maior parcela, totalizando R$ 63 milhões. Outros políticos aliados, como Marcelo Castro (MDB-PI), Otto Alencar (PSD-BA) e Davi Alcolumbre (União-AP), também obtiveram fatias consideráveis, variando entre R$ 26 milhões e R$ 34 milhões.

No entanto, a disparidade na distribuição das emendas fica evidente ao observar os repasses destinados à oposição. Representantes como Damares Alves (Republicanos-DF) e Jorge Seif (PL-SC) receberam quantias significativamente menores, com R$ 810 mil e R$ 700 mil, respectivamente. Até mesmo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o senador Wellington Fagundes (PL-MT), obtiveram valores consideravelmente baixos, com apenas R$ 18 mil.

Na Câmara dos Deputados, a distribuição de verbas também gerou controvérsias. Deputados como Otto Alencar Filho (PSD-BA) e Castro Neto (PSD-PI) lideraram a lista de beneficiários, recebendo R$ 23 milhões e R$ 19 milhões, respectivamente.

Essa discrepância na distribuição de emendas também se refletiu na cúpula do Congresso. Enquanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu uma parcela significativa de R$ 24 milhões, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda não teve emendas repassadas. O embate entre Lira e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), se intensificou após a exoneração do primo de Lira do cargo de superintendente do Incra em Alagoas, sinalizando tensões políticas nos bastidores.

Diante da pressão dos parlamentares, o Palácio do Planalto foi instado a destravar as emendas neste mês. Tal medida se faz urgente, visto que a partir de junho, devido ao calendário eleitoral, haverá restrições nos repasses. A antecipação na liberação das emendas proporciona mais tempo para os políticos capitalizarem ganhos políticos às vésperas das eleições municipais, fortalecendo alianças e estratégias para o pleito de 2026.

Olhar Político

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