Mulher é cadastrada como morta e tem nome do pai alterado para: Morto pelo PT

Mulher é cadastrada como morta e tem nome do pai alterado para: Morto pelo PT

Uma mulher de 36 anos em Blumenau, Santa Catarina, passou por um susto ao descobrir que consta como morta no Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), ferramenta do Ministério da Saúde. A falha no sistema, além de registrar a morte da mulher indevidamente, também apresentou alterações de cunho político em seus dados cadastrais.

O caso foi revelado pelo advogado da vítima, Telemaco Marrace, que relata que a situação foi descoberta quando a mulher procurou atendimento médico no Centro de Atendimento da Dengue (CAD) no último dia 14 de abril. Imagens do sistema obtidas pelo G1 de Santa Catarina comprovam que a mulher consta como “falecida” desde 2 de novembro de 2022.

As alterações fraudulentas no cadastro da mulher não se limitaram ao registro de óbito falso. O nome do pai dela foi alterado para “Morto pelo PT”, o endereço para “Eu amo Bolsonaro” e o e-mail para “[endereço de e-mail removido]”. Além disso, etnias inexistentes também foram inseridas em seus dados.

Print do sistema | © Reprodução
Print do sistema | © Reprodução

Diante da gravidade da situação, o advogado Telemaco Marrace solicitou a abertura de um Procedimento de Investigação Criminal pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O MPSC informou que aguarda a distribuição do caso. Já o Ministério da Saúde, até o momento da publicação desta reportagem, não se pronunciou sobre o caso.

Após a descoberta do erro, a prefeitura de Blumenau informou que identificou as alterações no cadastro da paciente e que a falha foi ocasionada por acessos indevidos ao Sisreg por usuários em Pernambuco e Minas Gerais. A prefeitura também comunicou que solicitou providências e esclarecimentos ao Ministério da Saúde.

Print do sistema | © Reprodução
Print do sistema | © Reprodução

O advogado da mulher ressalta que as alterações em seus dados configuram crime e questiona se a falha atingiu apenas a vítima ou se há outros casos semelhantes. “Instrumentalizaram um sistema público para manifestação política. Aconteceu só com ela ou com mais pessoas?”, questiona Marrace.

Olhar Político

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